Ecological interactions between ocelots and sympatric mesocarnivores in protected areas of the Atlantic Forest, southeastern Brazil

Fragmentation and habitat loss are top threats to tropical forest biodiversity and the Atlantic Forest is no exception. Over 80% of Atlantic Forest remnants in Brazil are < 50 ha and lack resident populations of large predators (jaguars, Panthera onca , and pumas, Puma concolor ). Mesopredators with opportunistic life-history characteristics (e.g., ocelots, Leopardus pardalis ) are now hypothesized to be the dominant competitor(s) in these systems and may negatively affect the spatial or temporal distribution of other sympatric mesocarnivores. We used camera-trap data, occupancy models, and temporal overlap indexes to explore whether ocelot occurrence influenced the habitat use or activity patterns of 6 mesocarnivores in reserves of the Brazilian Atlantic Forest. Ocelot occurrence did not influence the habitat use of these mesocarnivores. Moreover, the ability of some mesocarnivore species, especially the little spotted cat ( L. guttulus ), to adjust their activity patterns to avoid direct contact with ocelots may facilitate their coexistence in these Atlantic Forest remnants. Ocelot occurrence did not influence the activity pattern of 2 nocturnal species (the crab-eating fox, Cerdocyon thous , and the crab-eating raccoon, Procyon cancrivorus ), suggesting that these species are more tolerant of ocelots than other mesocarnivores. The probability of occupancy varied among species, with tayra ( Eira barbara ) and South American coati ( Nasua nasua ) having the highest occupancy estimates; overall, occupancy by mesocarnivores correlated negatively with reserve size. Because mesocarnivores are important drivers of ecosystem function, structure, and dynamics and may occupy unique roles that cannot be filled by larger carnivores, future studies should assess environmental factors influencing the use of these small remnants of Atlantic Forest by each mesocarnivore species. A fragmentacao e a perda de habitat sao as principais ameacas para a biodiversidade da floresta tropical e a Mata Atlântica nao e excecao. Mais de 80% dos remanescentes de Mata Atlântica no Brasil sao < 50 ha e nao tem populacoes residentes de grandes predadores (oncas-pintadas, Panthera onca , e oncas-pardas, Puma concolor ). Uma hipotese atual indica que mesopredadores com caracteristicas oportunistas de historia de vida (ex., jaguatiricas, Leopardus pardalis ) sao os competidores dominantes nestes sistemas, podendo afetar negativamente a distribuicao espacial ou temporal de outros mesocarnivoros simpatricos. Nos utilizamos dados de armadilhas fotograficas, modelos de ocupacao e indices de sobreposicao temporal para explorar se a ocorrencia da jaguatirica influencia o uso do habitat ou o padrao de atividade de 6 mesocarnivoros em reservas da Mata Atlântica brasileira. Nossos resultados indicam que a ocorrencia da jaguatirica nao influenciou o uso do habitat por estes mesocarnivoros. Alem disso, a capacidade de algumas especies de mesocarnivoros, especialmente o gato-do-mato ( L. guttulus ), de ajustar os seus padroes de atividade para evitar um contato direto com as jaguatiricas pode facilitar a coexistencia destas especies nestes remanescentes de Mata Atlântica. A ocorrencia da jaguatirica nao influenciou o padrao de atividade de 2 especies noturnas (o cachorro-do-mato, Cerdocyon thous , e o mao-pelada, Procyon cancrivorus ), sugerindo que estas especies sao mais tolerantes a jaguatirica que outros mesocarnivoros. A probabilidade de ocupacao variou entre as especies, com a irara ( Eira barbara ) e o quati sul americano ( Nasua nasua ) apresentando as estimativas mais altas de ocupacao. No geral, a ocupacao do habitat pelos mesocarnivoros correlacionou negativamente com o tamanho da reserva. Visto que os mesocarnivoros sao importantes direcionadores da funcao, da estrutura e das dinâmicas do ecossistema e podem ocupar papeis unicos que nao podem ser preenchidos por carnivoros maiores, estudos futuros devem avaliar os fatores ambientais que estao infuenciando o uso destes pequenos remanescentes de Mata Atlântica por cada especie de mesocarnivoro.